quinta-feira, 28 de abril de 2011


O BOÊMIO GERALDO PEREIRA




 Geraldo Pereira, o mais famoso boêmio da Lapa carioca, nasceu em Juiz de Fora - MG, em 23 de abril de 1908 e conquistou o Brasil com o chamado samba sincopado - onde residia sua genialidade.

Geraldo Pereira morou próximo ao Morro da Mangueira onde foi integrante da extinta escola de samba Unidos da Mangueira e foi amigo do fantático compositor Cartola.

Trabalhava como motorista de caminhão de coleta de lixo, e gastou tudo o que tinha da velha e boa boemia, por quem viveu e morreu.

O samba sincopado criado por Geraldo Pereira é o precursor da bossa-nova, alguns críticos chegam mesmo a afirmar que João Gilberto é um seu fiel discípulo e apenas o reproduziu num ambiente sofisticado que levou a tal bossa nova para o reconhecimento mundial.

Ouça aqui três das suas músicas mais conhecidas interpretadas pelo seu maior intérprete Ciro Monteiro 


"Cyro de Souza explica que "se quizer continuar pesquisando você vai encontrar a divisão rítmica de João Gilberto, que veio, muitos anos depois, caracterizar a 'bossa-nova', nas síncopes de Geraldo Pereira". Para Cyro "a grande partida foi o samba teleco-teco, que Geraldo Pereira 'encheu de nuances', fazendo uma 'bossa inteiramente nova', cerca de 18 anos antes do surgimento do 'samba de apartamento' da zona sul do Rio."
E é o próprio João Gilberto quem nos fala: "Eu era ainda do conjunto Garotos da Lua, nem pensava em cantar sozinho, quando um dia ele me convidou para sentar com ele num bar daqueles na rua da Lapa. Enquanto a gente tava tomando umas coisas no bar, passaram uns sujeitos e me estranharam, ficaram olhando da porta. E ele:"Que é que vocês tão olhando? Isso aqui (era eu) é gente minha!" Os caras foram embora. O samba dele era leve e cheio de divisões rítmicas, isso sempre me chamou atenção. Ele não tinha consciência disso, mas foi um inovador na música popular brasileira na década de 1940."

Entre suas músicas uma das mais conhecidas é Falsa baiana. Gravada por vários interpretes ao longo do tempo. Mais há ainda, Sem compromisso, Bolinha de papel, Escurinha, Pisei num despacho, Escurinho, Já tenho outra em seu lugar...

Fontes:
http://www.mpbnet.com.br/musicos/geraldo.pereira/index.html

quarta-feira, 20 de abril de 2011


Dona Ivone Lara

O Sorriso Negro da nossa Primeira Dama


 Conhecida como a 1ª Dama do Samba, Dona Ivone Lara completou 90 anos em plena produção musical com cerca de 15 canções inéditas, feitas nos últimos anos com seu principal parceiro, Delcio Carvalho
.
Ivone Lara perdeu os pais ainda criança e foi criada pelos tios com quem aprendeu a tocar cavaquinho e a gostar de samba ao lado do primo Mestre Fuleiro.
Estudou música com Lucília Villa-Lobos, esposa do maestro Villa-Lobos de quem ouvia elogios pelo seu talento.

Casou-se aos 25 anos de idade com Oscar Costa, filho de Alfredo da Costa, presidente da Escola de Samba Prazer da Serrinha, que deu origem ao Império Serrano onde conheceu e fez parcerias com Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira.


Consagrou-se em 1965 com o samba enredo Os cinco bailes da história do Rio quando tornou-se a primeira mulher a fazer parte de uma ala de compositores em escola de samba.

Curta aqui esse belíssimo samba enredo

 
Dona Ivone Lara participou das rodas de samba do Teatro Opinião nos anos 60, vindo a gravar o primeiro disco apenas em 1978, Nesse mesmo ano foi gravado por Gal Costa e Maria Bethânia seu maior sucesso, "Sonho Meu", em parceria com Délcio Carvalho.

A música foi premiada como a melhor do ano de 1978, o que valeu o convite da Odeon para gravar seu primeiro LP, em 1979, "Samba, Minha Verdade, Minha Raiz". No ano seguinte, em 1979, Ivone Lara gravava o seu segundo disco, "Sorriso e Criança".

Transferiu-se para a Warner e lá registrou "Sorriso Negro", no qual gravou "Tendência" (com Délcio Carvalho) e "Serra dos Meus Sonhos Dourados". Em 85, gravou na Som Livre o LP "Ivone Lara" com "Se o Caminho é Meu".

Entre os intérpretes que gravaram suas composições destacam-se Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paula Toller, Paulino da Viola, Beth Carvalho.
Aqui a sua participação no show do Fundo de Quintal


O ano passado, aos 89 anos, foi a grande homenageada na 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e viu alguns de seus grandes sucessos serem interpretados nas vozes de Caetano Veloso ("Acreditar"), Lenine ("Alguém Me Avisou") e Maria Gadú ("Força da Imaginação)

quinta-feira, 14 de abril de 2011




COORDENAÇÃO DE POLÍTICAS PARA AS

POPULAÇÕES NEGRA E INDÍGENA




Prezad@s  amig@s e companheir@s.

Convidado pela Secretária de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania, doutora Eloisa de Sousa Arruda, assumi a Coordenação de Políticas para as Populações Negra e Indígena – CPPNI no Estado de São Paulo a partir desta data.

Um enorme desafio!

Primeiro o de suceder a Profª. Roseli de Oliveira que deixou sua marca indelével, desde o início da Coordenação em 2009, e dar continuidade ao seu importante trabalho.

Outro passo nesse desafio é o de atingir as determinações do Governador Geraldo Alckmin e da Secretária Eloisa Arruda, para que esta Coordenação, além de continuar o processo de avanço das políticas públicas de ações afirmativas que vem sendo desenvolvidas para as populações por ela atendidas, como o recente lançamento do Projeto São Paulo Contra o Racismo, possa também atuar de maneira mais determinante na inclusão da população indígena paulista, sem desacelerar o trabalho que vem sendo efetuado com a comunidade negra pela nossa equipe.

Prosseguir no reconhecimento e criar condições para a titulação e melhorias nas terras quilombolas é desafio que também se impõe neste esforço.

O diálogo inter-religioso, as diversas formas de enfrentamento da discriminação étnico-racial, a efetiva aplicação da Lei 14.187/2010, entre outras, são tarefas que tentaremos nos desincumbir de forma a proporcionar o avanço das relações raciais em São Paulo.

A participação e a colaboração de tod@s é fundamental para que esta Coordenação alcance os seus objetivos políticos e acredite, será sempre muito bem vinda, podendo ser feita pelo endereço eletrônico politicapopnegraindigena@justica.sp.gov.br.

Estamos no Páteo do Colégio, 148 – térreo – onde atendemos das 9 às 18hs.

Um abraço a tod@s.

Antonio Carlos Arruda da Silva

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A morte de Benê Silva

A Câmara Municipal de Embu homenageou o ator Benê Silva, pelo seu falecimento no dia 21 de fevereiro naquela cidade, em reconhecimento ao ator que idealizou um cineclube em Embu, onde fixou residência e passou os últimos momentos de vida. Durante a homenagem, um pequeno filme foi projetado, no plenário

O ator, dramaturgo e cineclubista mineiro Benê Silva morreu de complicações decorrentes de um câncer na garganta, aos 69 anos.

Benê Silva chegou a Embu há alguns, passando a integrar a vida cultural da cidade, ligando-se e militando no movimento por políticas públicas culturais.

Muito ativo, criou o Cineclube de Embu das Artes, levando a sétima arte a vários bairros da cidade. No ano passado, sua entidade foi uma das escolhidas por edital para abrigar um “Ponto de Cultura”, com apoio da prefeitura e verba do governo federal, em reconhecimento a seu trabalho.

Atuação marcante
Nascido em 16 de agosto de 1942 em Uberaba (MG), Benedito Vicente da Silva foi ator, dramaturgo e cineclubista, estudou artes cênicas na EAD (Escola de Arte Dramática de São Paulo), fez parte do TEN (Teatro Experimental do Negro) na década de 1950, no Rio de Janeiro, com a atriz Ruth de Souza.

Em 1969, o dramaturgo Plínio Marcos citou Benê como um ator negro que poderia ter sido escolhido para o papel de “Pai Tomás” em uma novela da Globo, "Cabana do Pai Tomás" (1969-1970). A emissora carioca preferiu, porém, escolher um ator branco (Sérgio Cardoso - 1925-1972) e "tingir o panaca de preto", nas palavras de Plínio, em vez de colocar um negro no papel principal.

Dizia Plínio Marcos, no jornal Última Hora (RJ): “O Sérgio Cardoso é o cara que vai se prestar ao triste papel de se pintar de preto pra fazer o ‘Tomás’... enquanto Samuel, Dalmo Ferreira, Benê Silva (formado pela Escola de Arte Dramática), Milton Gonçalves, Antônio Pitanga, Carlão Caxambu e tantos outros atores negros, de valor provado, ficam pegando as rebarbas das quebradas da vida”.

A partir dos anos 1970, Benê participou como ator em diversas produções cinematográficas, no Brasil e no exterior. No Brasil, por exemplo, participou do filme “A Filha do Padre” (1975), dirigido por Tony Vieira.

Foi um dos grandes destaques da primeira montagem brasileira da ópera-rock “Hair”, entre 1969 e 1971, de estrondoso sucesso, em cujo elenco estavam também Sônia Braga, Aracy Balabanian, Neuza Borges, Armando Bógus (1930-1993), Ariclê Perez (1943-2006), entre outros atores.

“Hair” se revelou um manifesto teatral e musical em repúdio à guerra, em geral, e à participação dos Estados Unidos na guerra do Vietnã (1959-1975), em específico.

Nos últimos anos, Benê radicou-se no Embu, criando o “Cineclube de Embu das Artes”, oficializado em 10 de setembro de 2006, agitando a cena cultural, participando de todas as iniciativas, debates, fóruns de discussões relativos à promoção cultural na cidade.

Na cerimônia de inauguração das atividades do Cine Clube Embu das Artes, foi exibido o filme “Vida de Artista”, produção e direção do cineasta João Batista de Andrade, então Secretário Estadual de Cultura, que fez questão de participar pessoalmente do evento, a convite de Benê.


Benê Silva abre uma lacuna no movimento cultural de Embu, deixando dezenas de amigos e admiradores de seu talento, espírito rebelde, de luta e de vida. Segundo seus amigos, quando perguntado sobre o que ele pensava sobre si mesmo e sua obra, dizia apenas: “Eu, embora seja negro, não sou um negro do movimento. Eu sou um negro em movimento”.

Benê Silva foi um dos atores da famosa novela Beto Rockfeler da TV Tupi e seu último trabalho de importância foi o filme “Os Desafinados" em 2008,

onde interpreta o personagem - Geraldo(no presente) - que é dividido com o cantor/ator Jair Oliveira(Geraldo no passado). Fazem parte do elenco, Rodrigo Santoro, Selton Mello, Jair Oliveira, Claudia Abreu, Alessandra Negrini, Angelo Paes Leme, André Moraes, Vanessa Gerbelli, Antonio Pedro Borges, Arthur Kohl, Genésio Barros e Ailton Graça.
Fonte (Texto: Márcio Amêndola / Foto-Montagem com fotos de autoria de Charles Brait)




domingo, 3 de abril de 2011

Cesarino Jr.
Um negro professor de Direito, Medicina e Economia

Um grande professor
Nascido em Campinas no dia 16 de março de 1906, Antonio Ferreira Cesarino Jr. foi um jurista e intelectual dos mais importantes na história do Brasil contemporâneo e que tem, ainda hoje, influência decisiva no dia a dia de milhões de brasileir@s porque foi o sistematizador do Direito do Trabalho no Brasil, com a publicação dos primeiros livros sobre a matéria: "Direito Social Brasileiro' (1940) e Direito Processual do Trabalho (1942).
Professor da Faculdade de Direito da USP – a renomada faculdade do Largo São Francisco, inovou na metodologia do ensino do Direito, instituindo estágios na Justiça do Trabalho, Sindicatos, Delegacia Regional do Trabalho, Instituto Nacional do Seguro Social e Departamento Pessoal de empresas, além de elaboração de pequenas monografias sobre temas doutrinários ou jurisprudenciais, sob sua orientação ou de assistentes.
Realizou em São Paulo, em 1954, o 1º Congresso Mundial de Direito do Trabalho.
Formou as primeiras gerações de advogados e Juízes trabalhistas.
Autor de outros vários livros e incontáveis artigos sobre Direito e Medicina do Trabalho em revistas nacionais e estrangeiras
Deixou um feito quase inigualável de ser professor nas faculdades de Direito (USP), Medicina (PUC) e Economia (USP) e um legado de trabalhos acadêmicos, entre livros e dissertações, que ainda norteiam a carreira acadêmica e profissional de muitos brasileiros.
Suas teses ainda hoje influenciam o direito brasileiro, sempre sob o ponto de vista de atenção e proteção aos mais fracos, como é o caso da hipossuficiência que atende aos interesses de milhões de trabalhadores e de consumidores.
É inegável a influência de Cesarino Jr. nos artigos 6º, 7º e 22 da Constituição Federal de 1988.
Um negro com garra e capacidade
Seu primeiro desafio foi entrar no Colégio “Culto à Ciência”, escola de prestígio, onde seu pai trabalhava como bedel, o que significou uma vitória diante de uma forte barreira social que era a entrada de negros naquela escola criada pela e para as elites.
Embora não tenham sido poucas as dificuldades financeiras enfrentadas pela família de Cesarino Júnior, conseguiu ele estudar direito no Largo de São Francisco, onde se formou em 1928, aos 22 anos.
Sua trajetória de vida mostra as significativas posições alcançadas tanto no meio profissional, político e social.
Em 1928, prestou concurso para o Ginásio do Estado (anteriormente “Culto à Ciência”) para a cadeira de História Universal. No entanto, a conquista desta cadeira teve, como barreira, as articulações da banca examinadora que favorecia outro candidato, apesar de Cesarino Júnior ter obtido melhores notas. Ele, então, recorreu do resultado, provocando a realização de novo concurso, no qual foi aprovado.
Após transferir-se para o Ginásio do Estado da Capital, voltou à Faculdade de Direito para fazer o curso de doutorado (1933 e 34), obtendo o título de Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de São Paulo. Em seguida, tentou, pela primeira vez o concurso para livre docência na mesma faculdade, porém sem êxito.
Com a transferência da Faculdade de Direito, que era federal, para a USP e a criação da cadeira de Legislação Social surge a oportunidade tão esperada de tornar-se professor da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, o que só veio a ocorrer, porém, em 1939, quando foi nomeado professor catedrático de Legislação Social da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, com a tese “Natureza Jurídica do Contrato Individual de Trabalho”, onde lecionou por quase quarenta anos.
Por considerar insuficiente o espaço oferecido pela Universidade, fundou em 1939 o Instituto de Direito Social - IDS, formando durante muitos anos os “Técnicos em Direito Social”, especialistas de nível médio para departamentos de pessoal ou repartições públicas, tendo colaborado inclusive na criação do SESI, redigindo a lei que o instituiu e atuando como diretor de seus cursos populares por muitos anos.
Em 1946 decidiu prestar novo vestibular para ingressar na Escola Paulista de Medicina, formando-se médico em 1952, ao mesmo tempo em que exercia atividades de advogado, jurisconsulto e professor.
Fundou com seus colegas europeus, em 1958, a “Societé Internationale de Droit de Travail et de la Sécurité Sociale”, que realiza ainda hoje estudos comparativos de Direito Social em Congressos regionais e mundiais.
Já na década de 1960, o Prof. Cesarino, em plena maturidade intelectual, defendeu, com sucesso, tese para a cátedra de Instituições de Direito Social para a Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da USP, sendo nomeado professor catedrático dessa instituição, onde lecionou até sua aposentadoria compulsória.
Também nessa época, através do programa “UNITRA – Universidade para Trabalhador” fez cursos itinerantes pelo interior de São Paulo exclusivamente para trabalhadores, em geral nos sindicatos.
Paralelamente às suas atividades docentes na USP, o Prof. Cesarino exerceu a advocacia, principalmente do trabalho, tendo oferecido grande contribuição com suas publicações já que, à época de sua aposentadoria tinha uma obra de 27 livros, inúmeras teses e quase duas centenas de trabalhos publicados.

Não se pode, também, deixar de mencionar sua passagem pela política, já que no ano de 1945 foi um dos fundadores PDC – Partido Democrata Cristão.
Conta-se que o professor Cesarino Júnior, após a fundação do Partido Democrata Cristão, recebeu um insólito convite para apoiar a candidatura do General Eurico Gaspar Dutra à Presidência da República, pelo PSD, bem como a do candidato da UDN, Brigadeiro Eduardo Gomes, sob a promessa de sua oportuna indicação para ocupar a pasta do Trabalho, tendo ele repudiado a proposta.
Decepcionado com a ética adotada pelos candidatos, Cesarino Júnior decide abandonar a militância política, no entanto, ainda receberia mais à frente o convite de Hugo Borghi do PTN para retornar como candidato a deputado federal, convite esse que relutou em aceitar, porém, mais uma vez decepcionou-se com as pichações espalhadas em muros da cidade fazendo alusões à cor de sua pele, sendo essa a última tentativa do ilustre Mestre para participar da vida política do país.
A Prof.ª Marly Cardone da USP, que foi aluna do Prof. Cesarino, conta que o Mestre ficou ao lado dos alunos que não aderiram ao Golpe Militar de 1964 e que chegou a ser perseguido pelo DOPS; e mais: que quando, no início de sua carreira, pediu para a direção da escola uma sala para atender aos alunos e teve seu pedido negado, não teve dúvida em alugar um pequeno escritório na Praça da Sé para recebê-los. Depois de algum tempo, foi-lhe concedida uma sala, que agora leva seu nome.
Não há como deixar de citar a vitoriosa carreira internacional do Prof. Cesarino: representou o Brasil na Organização Internacional do Trabalho (OIT) por três mandatos, além de participar de inúmeros Congressos Internacionais, em Trieste, Bruxelas, Lyon e Estocolmo.
Em 1954, organizou e presidiu o I Congresso Internacional de Direito Social e em 1982, foi eleito presidente da Sociedade Internacional de Direito do Trabalho e Segurança Social. Criou, também, a Academia Paulista de Direito, em 1972.
Faleceu em 10 de março de 1992.