sexta-feira, 21 de junho de 2013







A igualdade tornou possível a vitória do Povo!


                   O Brasil voltou a ser uma grande democracia em pouco mais de duas semanas. Os detentores do Poder e seus partidos políticos estão estupefatos, indignados e preocupados com o rumo que as coisas podem chegar afinal, com raras exceções, não sabem o que é democracia porque, se soubessem, teriam levado o País para o caminho da normalidade democrática e não para este buraco que provoca a justa reação do Povo.

                   Além dos fatos já exaustivamente comentados por gente mais abalizada que eu, observei algo que me pareceu fundamental na conquista popular.

A IGUALDADE.

                   Pela primeira vez na história deste País, a igualdade efetivamente aconteceu. 

                   Estamos assistindo as ruas tomadas pelo Povo Brasileiro e de forma inédita, negros, brancos, amarelos, vermelhos, pobres, muitos pobres, burgueses, intelectuais, universitários das públicas e privadas, semialfabetizados da rede pública de ensino, moradores do centro e da periferia, artistas, jogadores de futebol, religiosos etc (ufa). atuando num só sentido reivindicando que o Povo seja respeitado.

Foto do sitehttp://acritica.uol.com.br/noticias/Manifestacao-Paulo-mobiliza_ACRIMA20130617_0074_15.jpg


                   Esta ação popular lembrou-me uma peça de teatro simbólica do Movimento Negro dos anos 70 escrita por Teresa Santos e Eduardo de Oliveira: E agora falamos nós.

                   Não se compara às grandes concentrações pela queda da ditadura militar e das “diretas já”, me recordo bem. Naquelas havia sempre um palanque e um cordão de isolamento para as autoridades e convidados especiais. Tinha sempre uma clara e física divisão entre eles e o POVO, o máximo que se conseguia “negociar” era a chamada para um representante de cada segmento falar rapidamente - fazer na verdade o “esquenta” - e era um pau lascado para saber quem falaria e o que falaria em nome de mulheres, negros, estudantes, empregadas domésticas, trabalhadores. Homossexuais? Nem pensar.

                   Naquelas manifestações políticas importantes, é inegável, havia uma evidente diferença entre eles e nós.

                   Agora não, o Povo não tem – e nem precisa – dessa gente. Não há palanques, não existe quem seja mais importante, não há privilegiados. 

                   É tudo do Povo, está tudo dominado pela igualdade e que assim seja de agora, para todo o sempre. Amém!