Owens e Bolt
Diamantes Negros da Diáspora Africana
O fascínio mundial provocado pelas Olimpíadas
é inegável. Desde antes da era das imagens da televisão em tempo real, todas as
atenções mundiais, durante duas semanas se voltam para a aglomeração de atletas
e esportes em alguma cidade do mundo que passa a ser uma espécie de Capital do
Planeta Terra.
Desde a era do nazismo quando a Olimpíada aconteceu
na cidade de Berlim na Alemanha, já sob o comando de Adolf Hitler, as Olimpiadas
ganharam tambem um caráter de disputa entre brancos e negros com maior ou menor
tensão.
Nas Olimpíadas as jóias da coroa são aquelas
formadas pelo atletismo e, dentre elas o diamante central é a prova dos 100m
rasos que define, em tese, o humano mais rápido do mundo a se movimentar por
seus próprios meios e somente com a sua energia.
Ao findar as Olimpíadas de Londres, com um
efeito de mídia assombroso, não há como não ressaltar o feito de duas jóias
raras que são Jesse Owens e Usain Bolt os dois espetaculares atletas de origem
africana que a partir da América inscreveram seus nomes, definitivamente, entre
os Deuses do Olimpo.
Owens campeão na
Olimpíada do nazismo
James
Cleveland "Jesse" Owens (Oakville, 12 de
setembro de 1913 - Tucson, 31 de março de 1980) foi um atleta e líder civil afro-americano.
Ele participou nos Jogos Olímpicos de Verão de 1936 em Berlim, Alemanha, onde
se tornou conhecido mundialmente por ganhar quatro medalhas de ouro nos 100 e
200 m rasos, no salto em distância e no revezamento 4x100 m.
Owens x
Hitler
A notória propaganda
pan-alemanista não ficou de fora dos Jogos Olímpicos de Berlim, tanto que o
incentivo aos atletas germânicos (não judeus) foi tão grande que estes
conseguiram colocar a Alemanha no topo do ranking com 33 medalhas de ouro
seguidos do segundo colocado, os EUA com 24 medalhas de ouro.
Uma imensa movimentação foi
feita, em que os anfitriões cantavam o hino alemão "Deutschland,
Deutschland über Alles" ("Alemanha acima de todos", em
português), saudavam com um "Sieg Heil".
Antes
de começar a saga de Owens, Cornelius Johnson, um outro atleta negro, ganhou a
medalha de ouro no salto em altura. Hitler que até então tinha apenas apertado
a mão de um atleta finlandês e outro alemão ambos vencedores de atletismo,
retirou-se do estádio logo no primeiro dia, após ser alertado pelo Comitê
Olímpico Internacional de que teria de cumprimentar todos os vencedores ou
nenhum destes.
A
versão conhecida de que Hitler tenha abandonado o estádio quando Owens venceu
foi trocada pela de quando Johnson o fez. Isso porque a falsa propaganda aliada
preferia consagrar Owens, que ganhou não uma, mas quatro medalhas.
Daí
em diante entrava em cena Jesse Owens, que venceu os 100 m e 200 m rasos,
revezamento de 400 m e salto em distância. Quando Owens venceu a prova dos 200
m ele mirou seus olhos para o COI e não para a tribuna de Hitler, pois Hitler
estava ausente no dia. Jesse Owens foi aclamado por milhares de torcedores de
diversas nações naquele dia, juntamente com o alemão Lutz Long, que terminou a
prova em segundo lugar. Os EUA conseguiram vencer dez provas de atletismo.
Destas, seis medalhas de ouro foram conseguidas com a participação de quatro
negros.
A
maior conquista de Owens foi não se contrapor ao regime hitlerista, mas sim
abalar a noção racista da nação americana no século XX, como ele mesmo deixou
bem claro em sua biografia. Ele declarou que o que mais o magoou não foram as
atitudes de Hitler, mas o fato do presidente americano Franklin Delano
Roosevelt não ter lhe mandado sequer um telegrama felicitando-o por suas
conquistas na olimpíada.
Lutz Long o atleta alemão que fez questão de cumprimentar e reconhecer a superioridade de Owens.
Entretanto,
a grande verdade é que Adolf Hitler estava realmente presente no dia e se negou
a cumprimentar o vitorioso atleta, de acordo com sua ideologia nazista de que o
homem branco era superior ao negro.
Bolt é bicampeão olímpico dos 100 m, 200m e 4X100 em Londres
A
Olimpíada de Londres veio também muito carregada de componente racista. Para
quem acompanha o esporte mundial tem se observado, especialmente no futebol, a
grande quantidade de ações contra esportistas negros que tem exigido a manifestação
e a punição por parte das federações.
Em
Londres na semana de abertura dos Jogos Olímpicos, pelo menos dois atletas europeus
foram cortados de suas delegações por racismo. Restava então comprovar a não
existência dessa inferioridade nas provas de atletismo e aí surge o brilho
desse enorme diamante Usain Bolt.
(o time de olimpico dos 4X100m da Jamaica, Bolt, Blake, Carter e Frater)
Usain St.
Leo Bolt (Trelawny, 21 de agosto de 1986) é um atleta jamaicano,
considerado por muitos jornalistas e analistas esportivos como o maior velocista
de todos os tempos. (Bi)campeão olímpico e mundial, além de ser o detentor dos recordes
mundiais nos 100 e 200 metros rasos, bem como no revezamento 4 x 100 metros, é
o único atleta na história bicampeão em todas as três modalidades em Jogos
Olímpicos de forma consecutivas.
Se os três ouros de Pequim-2008 já o colocavam
como uma das estrelas do atletismo olímpico, na terra da Rainha ele confirmou o
seu reinado
Nada mais precisa ser aqui escrito entre na
internet e curta o que o Mundo diz a seu respeito.