OBAMA este é “O Cara”...
As análises políticas feitas pela mídia especializada sobre a visita do Presidente Barack Obama ao Brasil, como já era de se esperar, vão do ceticismo à crítica de que nada ou pouco mudará na relação entre as duas nações.
Para nós afrobrasileir@s, entretanto, a sensação de alegria e de orgulho de ver um homem negro, eleito pelo seu povo, dirigir o mais importante e influente país do mundo, superam a impressão da mídia.
É lógico que como todos os brasileiros esperamos, que a médio e longo prazo, as relações econômicas, políticas e sociais entre o Brasil e Estados Unidos sejam aperfeiçoadas, todavia, não podemos deixar de lado a alegria que nós negros e negras do Brasil sentimos, país ainda bastante desigual nas oportunidades, ao ver Obama acenar na sua chegada a Brasília e nas suas andanças – poucas é verdade – pelo território do País mais negro do planeta fora do continente africano.
Para os afrobrasileiros, ainda que os principais veículos de comunicação não queiram dar importância, duas atitudes mostram porque ele. Obama é “O Cara”.
1. No discurso aos brasileiros lembrou que as origens históricas dos dois países são semelhantes, desde a colonização até a luta contra a escravidão;
2. a sua visita a um bairro popular – algo protocolar em visitas dessa natureza – foi na Cidade de Deus, um verdadeiro quilombo construído pelo processo de exclusão dos negros das áreas nobres da Cidade Maravilhosa.
Para a imprensa brasileira o principal motivo dessa visita foi a tal comunidade pacificada. Discordo, a visita se deu pelo símbolo da resistência negra que a Cidade de Deus representa hoje em todo o Mundo depois da consagração internacional do filme que leva o seu nome.
Um trecho fala da estudante Tamara Rúbia no G1 resume esse sentimento de apropriação do presidente norte-americano: Ele é um coroa vistoso. Um preto de tirar chapéu.
... e Michelle é “a Mulher”.
Para nos fartar de orgulho, a primeira dama americana, Michelle Obama, se mostrou exuberante ,tanto na postura política ao lado do marido, como nas atividades em que esteve dele desacompanhada.
Mostrou a sua independência nos contatos sociais que teve com organizações sociais brasileiras, uma simpatia cativante e uma elegância comentada em todos os meios de comunicação.
Dois comentaristas de moda confirmam a sua importância política aliada a sua elegância: Mesmo sendo uma primeira-dama, é uma pessoa normal. É uma pessoa real (Arlindo Grund do SBT); o outro comentário da colunista Carolina Vasone vai na mesma linha de aliar o bom gosto a mensagem política: a primeira-dama sabe tirar o melhor proveito de suas curvas, de sua altura, sem sobrepô-las ao recado mais importante: o de que é uma mulher que tem o que dizer e sabe fazê-lo bem de várias maneiras, sem desperdiçar a oportunidade que as roupas podem proporcionar para isso.
A análise e avaliação política dos resultados da passagem de Barack Obama no Brasil fica, como já disse, com os especialistas.
A análise e avaliação política dos resultados da passagem de Barack Obama no Brasil fica, como já disse, com os especialistas.
Para nós da Comunidade Negra foi mais um momento de altivez e orgulho de quanto nós, da Diáspora Africana, já fizemos pelas Américas.
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