Seedorf
A primeira derrota no Brasil
Não
é o que o título pode sugerir na primeira leitura. Meu blog não passará a ser
um espaço de comentário sobre o futebol o que poderia parecer pelo título desta
postagem e pela derrota do time do Botafogo na estréia de Seedorf no último
domingo.
A
derrota a que me refiro é a da negação da sua Pátria, do seu país de nascimento
pela imprensa brasileira.
Seedorf
não é holandês de nascimento, ele nasceu aqui, na América do Sul, ao norte do
Brasil, vizinho ao Pará num país de negros chamado Suriname.
Seedorf
é um dos grandes jogadores do Mundo, além de um craque de futebol, uma pessoa
muito educada, cordial e acima de tudo disciplinada. Em mais de 800
(oitocentas) partidas de futebol que jogou, nunca foi expulso. Agora no Brasil acho
difícil que isto se mantenha conhecendo o nosso “racismo cordial”, logo um
desses muitos incompetentes do apito o colocará para fora para entrar na
história.
Voltando
ao tema desta postagem, Seedorf nasceu no Suriname, antiga Guiana Holandesa um
país que já foi uma possessão holandesa e que se tornou independente em 1975,
portanto, quando Seedorf nasceu em 1 de abril de 1976, já nasceu em um país
livre, da América do Sul e não é um europeu como a branca imprensa do Brasil
quer fazer dele.
O
surinamês Seedorf não esquece as suas origens e tem um grande projeto social na
cidade de Paramaribo, sua cidade natal e Capital do Suriname.
A
imprensa brasileira, especialmente a dos grandes veículos, talvez seja a única
que tem duas cores, uma conhecida no jargão jornalístico que é conhecida como
“imprensa marrom” que é aquela que superdimensiona os fatos (e que sob esse
aspecto não se aplica o qualificativo “marrom”, felizmente, a grande maioria
que é independente) e a outra é a branca onde tudo que é negro e de boa
qualidade se transforma em branco, ainda que tenha que se forçar a barra como a
de transformar um surinamês em europeu.
Outro
contundente exemplo é o Papa Benedito XVI – homenagem ao santo São Benedito –
que viveu muitos anos na Itália, mas nasceu na antiga Abissínia, portanto,
negro, e que aqui no Brasil ao virou Bento XVI que é outro santo, todavia
branco.
Aqui
no Brasil não existe nenhum órgão de imprensa que chame o alemão Joseph Alois
Ratzinger – seu nome de batismo – em Benedito XVI. Como São Benedito é negro e
muito louvado pelos negros e também pelos brancos em todo o Brasil, decidiu-se
que aqui em Terra de Pau Vermelho – o Pau Brasil – ele é Bento.
Vale
a pena ler o artigo sobre a revista Crescer da editora Globo publicado no blog: http://eracilada.blogspot.com.br/2012/07/crescer-e-suas-criancas-brancas.html - para conhecer o caráter discriminador das nossas publicações.
ISTO
É RACISMO!
Fontes:
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