domingo, 12 de agosto de 2012


Owens e Bolt
Diamantes Negros da Diáspora Africana




O fascínio mundial provocado pelas Olimpíadas é inegável. Desde antes da era das imagens da televisão em tempo real, todas as atenções mundiais, durante duas semanas se voltam para a aglomeração de atletas e esportes em alguma cidade do mundo que passa a ser uma espécie de Capital do Planeta Terra.

Desde a era do nazismo quando a Olimpíada aconteceu na cidade de Berlim na Alemanha, já sob o comando de Adolf Hitler, as Olimpiadas ganharam tambem um caráter de disputa entre brancos e negros com maior ou menor tensão.

Nas Olimpíadas as jóias da coroa são aquelas formadas pelo atletismo e, dentre elas o diamante central é a prova dos 100m rasos que define, em tese, o humano mais rápido do mundo a se movimentar por seus próprios meios e somente com a sua energia.

Ao findar as Olimpíadas de Londres, com um efeito de mídia assombroso, não há como não ressaltar o feito de duas jóias raras que são Jesse Owens e Usain Bolt os dois espetaculares atletas de origem africana que a partir da América inscreveram seus nomes, definitivamente, entre os Deuses do Olimpo.

Owens campeão na Olimpíada do nazismo
 

James Cleveland "Jesse" Owens (Oakville, 12 de setembro de 1913 - Tucson, 31 de março de 1980) foi um atleta e líder civil afro-americano. Ele participou nos Jogos Olímpicos de Verão de 1936 em Berlim, Alemanha, onde se tornou conhecido mundialmente por ganhar quatro medalhas de ouro nos 100 e 200 m rasos, no salto em distância e no revezamento 4x100 m.

Owens x Hitler
A notória propaganda pan-alemanista não ficou de fora dos Jogos Olímpicos de Berlim, tanto que o incentivo aos atletas germânicos (não judeus) foi tão grande que estes conseguiram colocar a Alemanha no topo do ranking com 33 medalhas de ouro seguidos do segundo colocado, os EUA com 24 medalhas de ouro.

Uma imensa movimentação foi feita, em que os anfitriões cantavam o hino alemão "Deutschland, Deutschland über Alles" ("Alemanha acima de todos", em português), saudavam com um "Sieg Heil".
Antes de começar a saga de Owens, Cornelius Johnson, um outro atleta negro, ganhou a medalha de ouro no salto em altura. Hitler que até então tinha apenas apertado a mão de um atleta finlandês e outro alemão ambos vencedores de atletismo, retirou-se do estádio logo no primeiro dia, após ser alertado pelo Comitê Olímpico Internacional de que teria de cumprimentar todos os vencedores ou nenhum destes. 

A versão conhecida de que Hitler tenha abandonado o estádio quando Owens venceu foi trocada pela de quando Johnson o fez. Isso porque a falsa propaganda aliada preferia consagrar Owens, que ganhou não uma, mas quatro medalhas.

Daí em diante entrava em cena Jesse Owens, que venceu os 100 m e 200 m rasos, revezamento de 400 m e salto em distância. Quando Owens venceu a prova dos 200 m ele mirou seus olhos para o COI e não para a tribuna de Hitler, pois Hitler estava ausente no dia. Jesse Owens foi aclamado por milhares de torcedores de diversas nações naquele dia, juntamente com o alemão Lutz Long, que terminou a prova em segundo lugar. Os EUA conseguiram vencer dez provas de atletismo. Destas, seis medalhas de ouro foram conseguidas com a participação de quatro negros.

A maior conquista de Owens foi não se contrapor ao regime hitlerista, mas sim abalar a noção racista da nação americana no século XX, como ele mesmo deixou bem claro em sua biografia. Ele declarou que o que mais o magoou não foram as atitudes de Hitler, mas o fato do presidente americano Franklin Delano Roosevelt não ter lhe mandado sequer um telegrama felicitando-o por suas conquistas na olimpíada.

Lutz Long o atleta alemão que fez questão de cumprimentar e reconhecer a superioridade de Owens.

Entretanto, a grande verdade é que Adolf Hitler estava realmente presente no dia e se negou a cumprimentar o vitorioso atleta, de acordo com sua ideologia nazista de que o homem branco era superior ao negro.

Bolt é bicampeão olímpico dos 100 m, 200m e 4X100 em Londres

 
 A Olimpíada de Londres veio também muito carregada de componente racista. Para quem acompanha o esporte mundial tem se observado, especialmente no futebol, a grande quantidade de ações contra esportistas negros que tem exigido a manifestação e a punição por parte das federações.

 Em Londres na semana de abertura dos Jogos Olímpicos, pelo menos dois atletas europeus foram cortados de suas delegações por racismo. Restava então comprovar a não existência dessa inferioridade nas provas de atletismo e aí surge o brilho desse enorme diamante Usain Bolt.

 (o time de olimpico dos 4X100m da Jamaica, Bolt, Blake, Carter e Frater) 
 
Usain St. Leo Bolt (Trelawny, 21 de agosto de 1986) é um atleta jamaicano, considerado por muitos jornalistas e analistas esportivos como o maior velocista de todos os tempos. (Bi)campeão olímpico e mundial, além de ser o detentor dos recordes mundiais nos 100 e 200 metros rasos, bem como no revezamento 4 x 100 metros, é o único atleta na história bicampeão em todas as três modalidades em Jogos Olímpicos de forma consecutivas.

Se os três ouros de Pequim-2008 já o colocavam como uma das estrelas do atletismo olímpico, na terra da Rainha ele confirmou o seu reinado 

Nada mais precisa ser aqui escrito entre na internet e curta o que o Mundo diz a seu respeito.



 




3 comentários:

  1. Interessante essa análise. Comparar a falácia da superioridade ariana com a segregação imposta aos negros nos EUA. Embora até hoje ainda teimam em sugir ao redor do mundo manifestações, políticos e grupos que compartilham dessa nefasta ideologia, é triste ver que comparando os dois países, Hitler foi derrotado em 1945, mas os negros americanos precisaram de mais de 20 anos para conquistar seus direitos. E por aqui...... sem comentários. A tristeza de Owens é bastante compreensível! Parabéns pelo trabalho. Abs, Maura Paz

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  2. O personagem Adelaide do Programa Zorra Total, Rede Globo do ator Rodrigo Sant'Anna
    A violência do preconceito racial do personagem Adelaide do Programa Zorra Total, Rede Globo do ator Rodrigo Sant'Anna para a Globo e os judeus é engraçado, mas é desgraça para nós negros afros indígenas descendentes, se nossas crianças não tivessem sendo chamadas de Adelaidinha ou filha, neta e sobrinha da ADELAIDE no pior dos sentidos, é BULLIYING infeliz e cruel criado nos laboratórios racistas do PROJAC (abreviatura de Projeto Jacarepaguá, como é conhecida a Central Globo de Produção) é o centro de produção da Rede Globo que é dominado pelos judeus Arnaldo Jabor, Luciano Huck, Tiago Leifert, Pedro Bial, William Waack, William Bonner, Mônica Waldvogel, Sandra Annenberg Wolf Maya, Daniel Filho e o poderoso Ali Kamel diretor chefe responsável e autor do livro Best seller o manual segregador (A Bíblia do racismo, que ironicamente tem por titulo NÃO SOMOS RACISTA baseado e num monte de inverdades e teses racistas contra os negros afro-decendentes brasileiros) e por Maurício Sherman Nisenbaum (que Grande Otelo, Jamelão e Luis Carlos da Vila chamavam o de racista) responsável dirige o humorístico Zorra Total Foi o responsável pela criação do programa e dos programas infantis apresentados por Xuxa e Angélica, apresentadoras descobertas e lançadas por ele. Isto esta ocorrendo em todo lugar do Brasil para nós não tem graça, esta desgraça de Humor, que humilha crianças é desumano para qualquer sexo, cor, raça, religião, nacionalidade etc. Cruéis o pior de tudo esta degradação racista constrangedora é patrocinada e apoiada por o Sr Ali KAMEL (marido da judia Patrícia Kogut jornalista do GLOBO que liderou dezenas de judeus artistas intelectuais e empresários dos 113 nomes (Contra as cotas raciais) com o Senador Demóstenes Torres que foi cassado por corrupção) o atual diretor responsável da CGJ, Central Globo de Jornalismo, da TV Globo, esta mesma que faz anuncio constante do programa CRIANÇA ESPERANÇA e comete o Genocídio racista e imoral contra a maior parte do povo brasileiro, é lamentável que os judeus se divirtam com humor e debochem do verdadeiro holocausto afro-indigena brasileiro, É LAMENTAVEL que o Judeu Sergio Groisman em seu Programa Altas Horas, assim como no Programa Encontro com a judia Fátima Bernardes riem e se divertem (a atriz judia Samantha Schmütz em papel de criança no apoteótico deste estereótipo desleal e perverso) para nós negros afros brasileiros a Rede GLOBO promove incentivo preconceito raciais que humilha e choca o povo brasileiro. Taryk Al Jamahiriya. Afro-indigena brasileira da ONNQ 20/11/1970 -REQBRA Revolução Quilombolivariana do Brasil QUILOMBONNQ@BOL.COM.BR

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  3. Vamos fazer justiça a historia, não é verdade que Hitler recusou-se a cumprimentar Owens. Ele havia optado por cumprimentar todos ou não cumprimentar nenhum, que foi a opção escolhida. Sobre isso o próprio Owens declarou: “Depois do pódio, passei perto do camarote aonde Hitler estava. Acenei para ele e ele devolveu o aceno. Acho que não era de bom tom não cumprimentar o “homem do momento” em um outro país…”

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