A igualdade
tornou possível a vitória do Povo!
O Brasil voltou a ser uma
grande democracia em pouco mais de duas semanas. Os detentores do Poder e seus
partidos políticos estão estupefatos, indignados e preocupados com o rumo que
as coisas podem chegar afinal, com raras exceções, não sabem o que é democracia
porque, se soubessem, teriam levado o País para o caminho da normalidade
democrática e não para este buraco que provoca a justa reação do Povo.
Além dos fatos já
exaustivamente comentados por gente mais abalizada que eu, observei algo que me
pareceu fundamental na conquista popular.
A IGUALDADE.
Pela primeira vez na história deste País, a igualdade efetivamente
aconteceu.
Estamos assistindo as ruas
tomadas pelo Povo Brasileiro e de forma inédita, negros, brancos, amarelos,
vermelhos, pobres, muitos pobres, burgueses, intelectuais, universitários das
públicas e privadas, semialfabetizados da rede pública de ensino, moradores do
centro e da periferia, artistas, jogadores de futebol, religiosos etc (ufa).
atuando num só sentido reivindicando que o Povo seja respeitado.
Foto do sitehttp://acritica.uol.com.br/noticias/Manifestacao-Paulo-mobiliza_ACRIMA20130617_0074_15.jpg
Esta ação popular lembrou-me
uma peça de teatro simbólica do Movimento Negro dos anos 70 escrita por Teresa
Santos e Eduardo de Oliveira: E agora
falamos nós.
Não se compara às grandes
concentrações pela queda da ditadura militar e das “diretas já”, me recordo
bem. Naquelas havia sempre um palanque e um cordão de isolamento para as
autoridades e convidados especiais. Tinha sempre uma clara e física divisão
entre eles e o POVO, o máximo que se conseguia “negociar” era a chamada para um
representante de cada segmento falar rapidamente - fazer na verdade o “esquenta”
- e era um pau lascado para saber quem falaria e o que falaria em nome de
mulheres, negros, estudantes, empregadas domésticas, trabalhadores.
Homossexuais? Nem pensar.
Naquelas manifestações
políticas importantes, é inegável, havia uma evidente diferença entre eles e
nós.
Agora não, o Povo não tem – e
nem precisa – dessa gente. Não há palanques, não existe quem seja mais
importante, não há privilegiados.
É tudo do Povo, está tudo
dominado pela igualdade e que assim seja de agora, para todo o sempre. Amém!
A praça é do povo como o céu é do condor, já diria o poeta. Não só as praças estão tomadas. Isso assusta os detentores do poder. Sob o medo, são capazes de atitudes impensadas. Por outro lado, não devemos nos iludir. Os detentores do poder ainda manipulam e se infiltram, tentando dispersar a força do movimento. Por isso, sabedoria e bom senso para perceber isso. É preciso um pouco de calma e cautela e não se deixar levar pelo oba-oba! Sob neblina, dirija devagar!
ResponderExcluirTem toda razão e aproveito para dizer que obviamente sou contra atitudes impensadas que a imprensa chama de vandalismo, lembro, porém, que os jovens que tomam essas atitudes não são os "filhos da ditadura" pelas suas idades é possível afirmar que são os filhos dos desmandos dos atuais detentores do Poder, sem exceção.
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