quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

 Meu melhor amigo

Meus pais Hélio e Valdivina na alegria da construção da casa onde viveram por mais de 60 anos

Há uma semana, 12 de janeiro de 2012 morreu meu pai, meu melhor amigo.

Foi aquele que nunca me faltou. Fez certamente o que todo bom pai faz e por isso ele foi especial para mim.

Filho de mãe solteira, Albertina Silva – conheceu, conviveu, mas nunca foi reconhecido pelo pai um músico, um homem da noite e talvez isto tenha sido a grande diferença no carinho e firmeza com que meu pai conduziu a nossa família. Minha mãe, eu, minhas duas irmãs e uma porção de afilhados, sobrinhos/as, aprendizes que se tornaram mestres de funilaria de automóveis como ele, compadres, comadres, amigos/as que são nossos parentes hoje pela afinidade, proximidade e lealdade de um homem turrão de um enorme coração, querido pela nora e pelos genros. Meu Pai.

Bom de bola era torcedor do São Paulo (e assim bem educou seus filhos e netos) jogou em diversos times da Vila Guarani - Jabaquara. Aqui duas fotos  do Flor Indiana onde ele está agachado sendo o 2º da esquerda para a direita. Na segunda de pé o "mortal trio de ataque" do Flor formado entre outros por Hélio, Jaimão e Ivan.

 

Na terceira foto aparece como dirigente "cartola" do time 13 de Janeiro. Por coincidência equipe com o nome da data da sua fundação, mesma data do seu enterro.Time bom, quase só de negrão fez história no Jabaquara e na várzea de São Paulo.


Gostava de dançar e era fã de Jamelão e curtia demais "Ela disse-me assim" de Lupicínio Rodrigues e na sempre magistral interpretação de Jamelão que te convido a ouvir agora em homenagem ao Hélio.

 
Elegante, seu apelido na Barra Funda era Selassié pela semelhança altiva que lembrava o Rei da Etiópia e como tal um lutador indomável, um menino que saiu da miséria para a construção de um patrimônio moral inabalável. Meu Pai.


Perto de completar 89 anos partiu sereno, me fará muita falta então vou curtir as suas memórias até mesmo das vezes que batemos boca como ele dizia. Meu Pai.

No meu aniversário em 18 de abril de 2011.

Meu conforto é que ele se reencontrou com minha mãe e voltou a ser alegre na companhia dela. Saudades do meu pai e de minha mãe.

Até um dia!

5 comentários:

  1. Meus pesares, sr Arruda. Tenho certeza que o que ele fez por você,e por todos com quem conviveu, ficará como exemplo para as próximas gerações.

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  2. Dr. Arruda,

    Lindo Texto...emocionante
    Só quem sente a ausência de um pai presente, sabe o que a mistura de amor, orgulho e saudade causa no coração!
    Meus sentimentos por sua perda!

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  3. Pêsames. Caro primo, sei o que estás a sentir, pois me lembro bem quando partiu meu saudoso pai Isidoro de Arruda. O importante é que ele cumpriu a missão dele e está em paz. Fábio Isidoro de Arruda - Sorocaba - abçs.

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  4. Amigo Arruda, linda homenagem ao seu pai. Meu abraço solidário e amigo. Reinaldo

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  5. Um belo texto, me emocionei muito!! Irei sentir muitas saudades dele também... Abraço!!

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