quinta-feira, 15 de agosto de 2013



Érlon Chaves



Erlon Chaves, que este ano completaria 80 anos (9 de dezembro de 1933) foi um grande maestro, arranjador, pianista e cantor comparado, no meu modesto entendimento, aos grandes Duke Ellington e Count Basie.  Então comece esse passeio clicando aqui.


Nascido na zona norte de São Paulo Erlon Chaves era ainda menino quando começou sua carreira de cantor apresentando-se em um programa infantil da rádio Difusora de São Paulo.

Foi ator mirim no filme Quase no céu. Começou seus estudos de música no Conservatório Musical Carlos Gomes, se formando em piano no ano de 1950. Estudou canto e harmonia, sendo orientado pelos maestros Luís Arruda Paes, Renato de Oliveira e Rafael Pugliese.


Com a versão do calipso Matilda de Harry Belafonte, fez sucesso no final dos anos 1950.


Trabalhou na TV Excelsior - canal 9, de São Paulo. Em 1965, foi para o Rio de Janeiro, indo para a TV Tupi - Canal 6 e a TV Rio - canal 13. Foi diretor musical da TV Rio, sendo um dos responsáveis e autor do Hino do FIC, música de abertura do Festival Internacional da Canção, em 1966. Em 1968 acompanhou a cantora Elis Regina, que iria se apresentar no Olympia, de Paris.


Compositor importante foi autor de temas para telenovelas e filmes. Reconhecido sobretudo na Europa fez trabalhos históricos juntando a sua orquestra – Banda Veneno – com a orquestra de Paul Mauriat.



Em 1970, durante o V FIC, transmitido pela TV Globo, regeu um coral de quarenta vozes, que mais tarde passou a chamar-se Banda Veneno, que acompanhou Jorge Ben ou Jorge Benjor. Cantou a canção Eu também quero mocotó,






 que estava fazendo sucesso; e foi acusado de assédio moral após uma cena em que é beijado por diversas loiras em apresentação na etapa internacional.


O episódio levou-o, assim como ao seu amigo Wilson Simonal, a ser perseguido pela ditadura militar brasileira por não ser a imagem do povo brasileiro que os ditadores gostariam que fosse veiculada para o mundo. O festival estava sendo transmitido em cores para a Europa e Estados Unidos da América. A ditadura militar brasileira não deixa dúvida, queria manter música e o espetáculo deste festival em prol da imagem que deveria ser painel para o mundo. Nesta época, Erlon Chaves estava namorando a então Miss Brasil de 1969, a loiríssima Vera Fischer.



Erlon Chaves faleceu aos 40 anos em 14 de novembro de 1974, de maneira muito suspeita, pouco tempo depois desse episódio, de infarto fulminante quando discutia com um grupo de forma emocionada a polêmica em torno dos acontecimentos com o seu amigo Wilson Simonal, que se encontrava preso.


Suas lembranças hoje são poucas e ficam restritas aos bailes negros onde se curte os seus sambas-rock mostrando a atualidade da sua música.


Então dance ao som de Erlon Chaves:










 Discografia

  • 1959 - Em tempo de Samba - Erlon Chaves e sua orquestra
  • 1965 - Sabadabada
  • 1965 - Alaíde Costa - participação como arranjador
  • 1971 - Banda Veneno
  • 1972 - 1974 - Banda Veneno Internacional

Coletânea


  • 1999 - Millennium: Erlon Chaves - Universal Music - reedição de suas gravações.

Temas de telenovelas


  • 1966 - O Sheik de Agadir, da TV Globo, autor da música tema.
  • 1966 - Eu Compro esta Mulher - música tema.
  • 1970 -Pigmaleão 70 da TV Globo. Na trilha sonora da novela consta a participação de Erlon Chaves e orquestra, nas músicas Tema de Cristina, Tema de Nando e Candinha e Povos, todas de autoria do maestro.

Tema de filme


  • 1973 - filme brasileiro Aladim e a lâmpada maravilhosa com Renato Aragão e Dedé Santana.

Destaque


  • 1973 - As dez canções medalha de ouro - Erlon Chaves e Paul Mauriat

Fontes: Calendário da Memória Afrobrasileira – CPDCN e Wikpédia.