quinta-feira, 23 de junho de 2011

Sueli Carneiro

filósofa é uma das maiores intelectuais do Brasil contemporâneo.


Nascida no mês de junho, esta semana homenageio Sueli Carneiro, uma das ativistas mais importantes do movimento negro brasileiro e uma das fundadoras do Geledés-Instituto da Mulher Negra, primeira organização negra e feminista independente, que defende os direitos das mulheres negras no Brasil e desenvolve propostas de políticas públicas que promovam a eqüidade de gênero e raça.

Filha de uma ex-costureira e de um ferroviário é dona de uma negritude ativista e empreendedora Sueli Carneiro é feminista e intelectual. Doutora em educação pela USP tem destacado papel na ação política do Movimento Negro onde é reconhecida no Brasil e no exterior.

Recentemente durante o lançamento de seu último livro em Portugal, entrevistada por uma emissora daquele país, assim se manifestou sobre a realidade do racismo brasileiro: “Uma das mais graves e, sobretudo, é a que provoca maior dano para todos os envolvidos. O racismo rebaixa a humanidade de todos, de quem pratica e de quem é vítima. Ele produz uma falsa consciência em algumas pessoas de superioridade em relação a outros seres humanos. Ele produz uma falsa consciência em algumas pessoas de superioridade em relação a outros seres humanos.


Você também terá a possibilidade de ver a sua importante participação no Supremo Tribunal Federal quando da audiência pública sobre o processo que se encontra naquela Corte para decidir sobre a constitucionalidade ou não, das cotas para negros, clicando nos links abaixo:


Outras fontes:




quinta-feira, 16 de junho de 2011


ProAC HIP HOP/ 2011
INSCRIÇÕES ATÉ 13 DE JULHO
A SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA através do seu Programa de Ação Cultural – Pro-AC selecionará 15 (quinze) projetos de cultura hip hop no Estado de São Paulo, com prêmio de R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais) cada.
 Os projetos devem contemplar uma ou mais das atividades abaixo descritas:
a)    Grafite;
b)   Dança (Breaking, Popping e Locking);
c)    D.J;
d)   M.C.
No mínimo cinco projetos selecionados serão de proponentes residentes fora da Capital do Estado de São Paulo.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Henrique Dias
O negro fundador das Forças Armadas no Brasil


Nome de escola pública em Pernambuco desde 1944, Henrique Dias, data de nascimento ignorada, foi um negro liberto, o mestre-de-campo que participou com bravura dos 24 anos de guerra contra a invasão holandesa no século 17, sendo ferido oito vezes em combate. É venerado pelos militares brasileiros como um dos fundadores da Forças Armadas, por sua atuação nas duas batalhas de Guararapes. Não se sabe quando ele nasceu, provavelmente em Recife.

A guerra no Nordeste brasileiro teve três fases distintas: a conquista (1630/37), a administração (1637/42) e a insurreição (1642/54). Na época, a Holanda se expandia como potência marítima e tinha estabelecido também uma colônia na atual Nova York.

Em 14 de fevereiro de 1630, a esquadra holandesa do almirante Henrick Lonk, aportou ao norte de Pernambuco e atacou Recife e Olinda, que foi queimada para reduzir o território a ser controlado. Os reforços portugueses não chegaram porque a frota com 3 mil soldados foi atingida por uma peste.

A resistência pernambucana liderada pelo irmão do donatário de Pernambuco, Matias de Albuquerque, foi praticamente anulada em 1632 e iniciou a fuga para a Bahia. Os holandeses capturaram Dias em 1635, quando tomaram o forte Bom Jesus. Ele foi tido como um escravo e não ficou entre os prisioneiros mais bem guardados. Fugiu e se reuniu às tropas pernambucanas, que continuavam a recuar para o sul.

Henrique Dias serviu então na Bahia, onde foi capitão-do-mato e combateu quilombos. Em 1638, recebeu o título de fidalgo e o hábito da Ordem Militar de Cristo. Neste período, comandava um regimento de 500 negros e recebia um soldo compatível com o posto de comandante. Da mesma forma, Filipe Camarão comandava a tropa formada por índios.

Enquanto isso, a partir de 1637, o príncipe Maurício de Nassau consolidou a vitória holandesa em Pernambuco, governou por oito anos e deu esplendor a Recife.

A saída de Nassau precipitou a insurreição. O clima de revolta iniciou quando os holandeses passaram a cobrar as dívidas dos senhores de engenho. Os portugueses enviaram então as tropas que estavam acantonadas Bahia, inclusive a comandada por Henrique Dias.

O exército holandês, apesar da superioridade numérica, perdeu a primeira batalha expressiva, no Monte das Tabocas, a 3 de agosto de 1645. Outra batalha importante vencida pelos pernambucanos foi a do engenho Casa Forte, no dia 17. Em 1646, chegaram reforços da Holanda para o ataque à ilha de Itaparica, na Bahia.

Os pernambucanos, porém, continuaram avançando e tomaram vilas, como Porto Calvo - onde Dias foi gravemente ferido, teve o braço esquerdo amputado, porém voltou à batalha logo em seguida. Logo, os holandeses acabaram mantendo apenas o forte de Orange e Recife.

Em 1647, Portugal enviou Francisco Barreto de Menezes, porém, os reforços foram de pouca valia porque os holandeses praticamente eliminaram a frota portuguesa numa batalha naval. Segismundo von Schkoppe, comandante do Recife, passou a tomar atitudes mais agressivas para romper o cerco em direção à área açucareira.

Em abril de 1648, perdeu a primeira batalha dos Guararapes, um monte ao sul da cidade, estratégico para controlar o porto de Recife.

Em Fevereiro de 1649, o coronel Van Den Brinck e seus 3,5 mil homens receberam uma artilharia e a ordem para desalojar os pernambucanos dos montes Guararapes. Nesse combate, Dias demonstrou excepcional bravura e o batalhão negro perseguiu os holandeses até os portões da cidade. O comandante português, Menezes, mal pode acreditar na vitória. Em 1654, os pernambucanos retomaram Recife e os holandeses foram expulsos. 

 
 6º Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco - HENRIQUE DIAS

Dias foi levado por Menezes a Portugal, onde foi recebido pelo rei Dom João 4o. Ele pediu que seu regimento de negros fosse perpetuado e o pagamento de pensão aos ex-combatentes. O rei concordou e mandou construir a cidade de Estância, perto do Recife, para os soldados. Dias ganhou o título de governador dos crioulos, pretos e mulatos do Brasil.

 
28º Batalhão de Infantaria Leve do Exército Brasileiro denominado HENRIQUE DIAS.

No entanto, como controlavam a venda do açúcar na Europa, os holandeses passaram a produzi-lo nas Antilhas. A concorrência cortou a lucratividade dos engenhos pernambucanos, onde os senhores reduziram novamente os negros e índios a uma escravidão brutal. Dias morreu na pobreza, no Recife, em 1662.


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